Ginásticas, dietas, cirurgias e tratamentos estéticos ajudam a perder peso, mas oneram o bolso do consumidor
Entre as promessas para o novo ano, muitas pessoas colocam na lista a meta de emagrecer. O objetivo varia na unidade do peso, os quilos. Mas o alcance deste objetivo varia em real, a moeda. Perder peso e medidas no corpo pode sair caro.
As tentativas para emagrecer passam por dietas, atividades físicas, tratamentos estéticos em clínicas e SPAs, e até cirurgias. Cada uma dessas opções é onerada pelo custo de produtos e serviços, mas a dica para economizar é sempre pesquisar.
A quem consultar
Para começar, procure um médico, seja endocrinologista, nutrólogo ou do esporte. Ele vai prescrever a dieta, solicitar exames e, se for o caso, indicar remédios. Vai também avaliar o estado de saúde e identificar se o "gordinho" está apto a praticar uma atividade física. A consulta e exames podem ser cobertos pelo plano de saúde, mas nem todos têm este benefício. Numa clínica particular, uma sondagem revelou o preço mais baixo é de R$ 150 para uma consulta com endocrinologista. Esta deve ser a primeira despesa, somada a custos na mudança alimentar e de outros produtos, se for o caso.
O segundo profissional a ser consultado é o educador físico, que vai orientar o treino. O atividade pode ser feita em uma academia de ginástica ou com um personal trainer que vai sugerir o ambiente, de acordo com a situação. Ele vai também avaliar o porcentual de gordura no corpo do "gordinho". Sem orientação deste profissional, a pessoa corre o risco de lesionar um músculo, traumatizar uma articulação e não atingir o resultado esperado. Pelo aspecto financeiro, treinar sem acompanhamento profissional pode representar mais despesas médicas. O mais comum é procurar uma academia.
Inflação da boa forma
Emagrecer ficou mais caro no ano passado. Ao analisar os grupos de itens que contribuíram com a alta da inflação em 2010, a economista do Ipece (Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará), Eloísa Bezerra, afirma que as maiores elevações de preços ocorreram em itens relacionados com os produtos necessários para a manutenção da boa forma, como roupas e calçados para malhar, mensalidade de academia, médico, alimentação e bebidas.
"Adaptando-se a cesta de produtos que compõem o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para uma cesta de gastos com a boa forma, utilizou-se o valor do salário mínimo de R$ 510,00, e uma lista de produtos relacionados ao tema em questão. Assim, o gasto com produtos listados, normalmente, em regime dietético comprometeu, em 2010, 10,12% do orçamento familiar, distribuídos da seguinte forma: alimentos e bebidas
(6,69%); vestuário (1,85%); saúde/médico (1,10%) e academia (0,48%)", avalia Bezerra. "Os itens referentes a alimentação e bebidas representaram 66,08% dos gastos; vestuário (18,31%); saúde (10,87%) e academia
(4,74%)".
Além da economista, o Jornal ouviu médicos, educadores físicos, profissionais de estética e pessoas que malham. Comparou preços entre serviços e benefícios. Conta casos de quem conseguiu perder peso. As informações buscam, no geral, responder quanto custa emagrecer.
CAROL DE CASTROREPÓRTER
Enquete Em que você gasta?"Treino há aproximadamente um ano e nesse período perdi oito quilos. Faço dieta e malhação. Já gastei R$ 3.000 no total."
Irene Serenaio37 anos
Advogada
"Malho há dez anos em busca de saúde e boa forma. Gasto cerca de R$ 1.000 por mês, incluindo alimentação."
Pedro Luiz Tagliari50 anos
Engenheiro Químico
"Em um ano, praticando Muay Thai e com reeducação alimentar, perdi 15 quilos. Gasto R$ 500 para malhar e comer."
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