Mais do que criar oportunidades lucrativas de negócios para empresários e empreendedores, a expansão do mercado de beleza no país tem exigido uma maior qualificação de profissionais que trabalham em salões e clínicas de estética. Segundo dados do Senac Rio, que oferece 21 cursos na área de beleza e bem-estar, o número de pessoas que buscaram capacitação na área no ano passado cresceu 20% sobre 2009. Gente que, atraída pela demanda crescente do mercado, tem sido disputada por grandes redes com salários convidativos, que podem variar de R$ 4 mil a R$ 20 mil, dependendo do nível de experiência, como mostra reportagem de Paula Dias, publicada no Boa Chance deste domingo.
O cenário também é promissor para pequenos e médios empresários: em 2010 foram inaugurados 110 novos empreendimentos de beleza em todo país, o que representa um crescimento de 10,5% em relação a 2009, segundo pesquisa da Rizzo Franchise, consultoria especializada em estruturação e implantação de redes de franquias. Hoje o setor conta com uma rede de 16.463 unidades, que registrou faturamento de R$ 9,1 bilhões no ano passado (R$ 1,2 bilhão a mais que em 2009) e oferece cerca de 109 mil empregos diretos.
— A previsão de expansão para 2011 é de 14,5%. O segmento de beleza já é o segundo maior do país, atrás apenas de alimentação — diz Marcus Rizzo, sócio da consultoria.
Segundo Adriano Vasconcelos, gerente de Saúde e Beleza do Senac Rio, o mercado tem tudo para continuar em alta, já que seu principal motor é a crescente participação da mulher no mercado de trabalho, o que potencializa o seu poder de consumo. O aumento da expectativa de vida e a ascensão das classes C e D também contribuem com esse cenário:
— Outro fator são as constantes inovações que a indústria de cosméticos vem fazendo nos últimos anos, o que força os profissionais a estarem sempre se atualizando.
É o caso da cabeleireira Cássia Borges, que após fazer carreira como analista de seguros na SulAmérica, trocou o escritório pelo salão e a papelada pelas tesouras e os batons. Para conseguir um emprego, a profissional fez quatro cursos de capacitação no Senac e, ao mesmo tempo, usou as amigas como cobaias. Hoje ela ganha o dobro do salário anterior no salão Estação Mulher, no Leblon.
— É um meio muito competitivo, em que é preciso se aperfeiçoar o tempo todo. Tem que atender bem para criar uma boa reputação — diz Cássia.
De olho no mercado, o empresário Giovani Balvedi, da Emagrecentro — clínica que oferece oito tratamentos para emagrecer, sendo R$ 528 o mais caro — planeja abrir oito novas unidades no Rio este ano, que devem contratar 40 profissionais, entre esteticistas e fisioterapeutas.
— As pessoas descobriram que, agora, podem fazer bons tratamentos a valores acessíveis.
Retirado do site: http://extra.globo.com/emprego/expansao-do-setor-de-beleza-estetica-cria-oportunidades-de-negocios-exige-maior-qualificacao-827539.html
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